Fortaleza 287 anos






287 anos Fortaleza. Parabéns! Ou melhor, Parabéns?! Num sei ainda ao certo, porque amo por demais a minha cidade, tenho todo orgulho do mundo de dizer que sou de Fortaleza, mas ao mesmo tempo tenho todo uma dor no coração ao lembrar que a cidade não traz em si sua própria memória. A história é contada por cada um que vive aqui, por cada um de nós nas suas peculiaridades e detalhes de vida que perpassam anos e anos dessa capital linda,mas também cheia de esquecimento de si, de destruição de uma memória para construção de blocos de cimentos novos dia a dia... Muito orgulho eu tenho de ser daqui e vejo isso a cada cidade nova que visito, que dá uma vontade grande de ficar por lá e morar,mas então lembro da minha casa velha, das brincadeiras nos parques, nas visitas ao centro, nos passeios de ônibus pela cidade (muito mais perdida no início do que de propósito), enfim lembro-me de todo o carinho dessa vida vivida aqui. Hoje, depois de um tempo grande comprei o jornal, a ideia de celebrar 287 anos da cidade contada por autores cada um falando do seu bairro, ou daquele bairro que se tem no coração pareceu por demais bonita. Sempre gostei de comprar jornal, era um hábito comum, com o advento das informações de forma tão fácil é que passei a não mais fazer isto, mas tenho saudades de folhear o conhecimento cotidiano. O que fica pra mim depois de lido tantos textos apaixonados mesmo, inclusive de alguns conhecidos que fico extremamente feliz de ter convivido com eles de alguma forma, professores, amigos, colegas, é que a cidade por mais quebrada que seja de alguma forma, encanta por trazer desencantos, mas nunca a vontade de perdê-la por completo de vista... Fortaleza merece comemorar, mas acima de tudo deve repensar o que quer deixar para os outros nos próximos 287 anos.. Será que ainda teremos alguma memória individual e específica de povo, povo daqui, povo fortalezense na sua especificidade?! Espero eu, amante da cidade, que sim.




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