O lobo de Wall Street


No novo filme de Scorsese, baseado nessa obra do Jordan Belfort (história real - relato autobiográfico), Leonardo DiCaprio encontra seu verdadeiro lado como ator, os EUA samba na cara dele mesmo e do mundo e do capital e do neoliberalismo e de todas as correntes. Além de levar a gente a questionar toda essa sociedade em que vivemos hoje, repensar Marx, Weber, Hegel... o escambau. O filme tá longo, mas tá valendo a pena!


Foram três horas no cinema que poderiam ter sido duas muito facilmente se Scorsese tivesse cortado a metade das putarias desnecessárias contidas lá. Tinha umas até importantes, mas a maioria foi só gratuito demais!! O filme narra a história de como Jordan Belfort se tornou um dos maiores e mais polêmicos corretores da Bolsa de Nova Iorque. O interessante da adaptação de uma obra já autobiográfica e certamente picante não apenas por natureza, mas por ibope mesmo é que no cinema a coisa tomou um rumo tão maior que ou as pessoas saem adorando o filme (não apenas pela sacanagem, mesmo porque não acho que esse seja o maior mote), ou saem odiando com todas as forças (ai talvez pelo tanto de sacanagem explicitada e realidade que nem todo mundo quer ver). O filme é engraçado, cômico em diversas partes e ao mesmo tempo de uma crueza com a realidade ímpar. 

Eu, particularmente me senti cansada depois de duas horas de filme, sem saber que ainda me esperava uma hora inteira de película, mas ao fim, a cena do final fez valer a espera um pouco mais. A ascensão e depois queda de Jordan é retratada em seus extremos. E o crescimento do personagem, feito pelo DiCaprio, tá mesmo merecendo o Oscar, e olha que eu não gostava nada desse garoto.

Outro ator que se destacou foi o engraçadíssimo Jonah Hill, que já era conhecido por papéis menores em comédias americanas. A Margot Robbie, lindíssima como Naomi, no filme, e, admito, desconhecida pela minha pessoa. Matthew McConaughey, que está também crescendo em seus papéis (estou com Dallas Buyers Club para assistir) e Jean Dujardin, que já gosto desde sua consagração com O Artista, que depois me fez procurar mais sobre ele.




No fim das contas eu super indico o filme, apesar da canseira que ele pode vir a dar, mas pra quem gosta dessa discussão sobre o capital, a pós-modernidade e suas facilidades por meio da promessa de uma ascensão "fácil e divertida", a virada que isto pode dar e suas consequências (às vezes mínimas), ai indico em dobro. Depois se aprocheguem aqui e me digam se eu estava era pirando ou se faz algum sentido!




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