Tola

Enfim, livro-me de ti.
E agora sinto-me talvez mais eu
Novamente e como há muito não me sentia

Tiro-te enfim de mim
Como rosa amarelada do fim da primavera
Ou como folha seca caída de um outono
Ou apenas como mulher que enfim se descobre
melhor e mais confiante

Obrigada por partir meu coração
Sua covardia me fez chorar e olhar com mais alegria para mim
Quantas noites perdi pensando em ti?
Não sabias, mas
Pensavas em mim.

A diferença foi que olhar para mim
Foi menos doloroso do que pensava
Esse medo covarde é apenas seu.
O medo de viver sempre foi seu

Eu só fui tola tempo demais querendo ter medo junto.


* poemas antigos que retornam...

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