Adeus
Sim, eu me despeço agora.
Há um tempo para tudo.
Inclusive para nos darmos conta do nosso não-lugar.
Há o momento da espera.
Esperando as alegrias do porvir.
Depois a repetição e o sentimento estranho de não fazer parte.
De não se sentir viva.
Já não aguento.
Há muito desisti.
Por outros motivos, continuei.
E hoje, ainda mais perdida em mim.
Me vejo só.
Não mais me acompanho,
De mim só reconheço vazios.
Talvez já tenha durado muito.
Não há nada a perder.
Dessa vida é para nascer flor
E eu sou inteira sertão seco.
Onde nem mais a chuva me tira um sorriso como outrora.
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