Desabafo sobre o voto

Acredito e me coloco numa categoria de quem muito participa da vida política. Não apenas consciente de meus votos, mas da minha participação popular das mais diversas formas em que eu possa me agregar à luta. Porém, ainda assim, não havia ido em nada, nem na posse de meu candidato a deputado estadual neste ano de 2015. E por diversas razões isso deveria ser imprescindível a todxs nós. Imagina a casa do povo realmente tomada pelo povo?!

Ok, não precisam ir todxs ao mesmo tempo, no mesmo dia. Mas você já se perguntou o que é que eles fazem por lá? Como é o trabalho DO SEU DEPUTADO? A quem ele responde? Com quem ele conversa? Que tipo de projetos aprova ou veta? Você tem noção de tudo isso? Ou mais, você sabe como foi que ele construiu essa carreira política? Que tipo de relação ele tem com os povos de luta, com os eleitores da capital e do interior, com quem votou nele e não apenas na época 'dos abraços eleitorais'? Que tipo de cidadão é ele? Em quê vocês tanto acreditam e lutam, já que deu seu voto a ele?

VOCÊ SABE EM QUEM VOTOU NA ÚLTIMA ELEIÇÃO?

Ontem, estava eu na Assembléia Legislativa do meu Estado e por um momento me veio uma felicidade imensa de ver o meu candidato fazendo uma reunião com as entidades diversas na luta pelos direitos humanos. E assim, reconhecendo não apenas seu trabalho, mas o meu também, de modo indireto, através daquele voto que muito alegremente depositei nele, fiquei extremamente feliz em saber que finalmente tínhamos um lugar de representação direta ali. Não vi apenas um candidato, mas as vozes de muitos somadas. Além disso, também vi o meu vereador, naquele mesmo espaço, com a mesma força e luta de sempre e com uma vontade não apenas de se fazerem ouvir, mas de dar voz aqueles que inúmeras vezes são colocados a canto.

Ontem, tive a certeza de que tenho que andar mais na Câmara e na Assembléia, temos nós de nos fazermos presente, pois existimos, nos indignamos, não concordamos, temos vez e voz! Falar que o espaço é do povo é muito fácil, reconhecer verdadeiramente o peso que isso tem é consciência e luta que nem todos estão dispostos a arcar. Foi uma tarde pesada, saímos de lá em busca de ar (e olha que ficamos apenas umas 4 horas), mas talvez é se dando conta desse espaço, mesmo que sufocante em primeira instância, que a necessidade de ocupá-lo seja de extrema importância.

Quero agradecer aos queridos Renato Roseno e João Alfredo Telles Melo pela alegria de lutar junto e saber o quanto vocês são fortes nessa trincheira de frente. Grande abraço e vamos continuar ocupando verdadeiramente esses espaços. A hora já se fez presente, já foi dada a partida há tempos.