Amizade
Lembro-me bem do primeiro amigo que fiz, fomos felizes durante 3 longos anos e hoje nada sei dela. Depois passei a desconfiar de atitudes gratuitas de amor, elas pareciam machucar demais, mas ainda muito jovem me deixei levar por uma nova onda de amizade, agora dividida entre muitos outros, porém sempre escolhendo (e não por vontade própria) uma em especial. Dessa vez duramos mais, duramos até hoje, mesmo com indas e vindas longas por demais. Dessa amizade, em um de seus momentos difíceis me dei conta que englobar todo um amor em um sujeito só não tinha outro fim senão o do esgotamento fatídico. Comecei a desenvolver o método de quanto mais gente perto de mim, melhor. Me tornei então uma dessas que conhece Deus e o mundo - mas, no fundo, não conhece quase ninguém. Me afastava das pessoas quando era para elas saberem realmente sobre mim. Me sentia só, mas ao mesmo tempo era sempre tão alegre, divertida, para os outros eu estava sempre bem, não tinha do que me queixar. Era então uma criança feliz.
No meio da felicidade, caos total e por um tempo não via mais sentido. Não sabia o que fazer ou para onde ir, fui me fechando cada vez mais para só depois me dar mais uma chance. E hoje, hoje estou aqui, com algumas poucas amizades verdadeiras, outras perdidas, outras confusas. Tenho medo de perdê-las, uma a uma perdê-las, por uma incompetência própria de não conseguir destituí-las de um papel importante para mim, nos sucessos e conquistas, assim como nas perdas. Amizade é uma coisa estranha, bonita e gostosa, leve e essencial. Tenho amigos lindos da qual sou muito feliz em compartilhar - hoje, já mais polida- com outros tantos que os conhecem e os admiram. Tenho enfim, capacidade de saber que não serão as distâncias geográficas que destruirão essas construções sólidas. Tenho vontade de amigos para assim possibilitar o exercício de um amor mais livre e mais próprio. Tenho querer por amigos e seus abraços e desentendimentos. Hoje, sei que amigos que não mais vejo, não necessariamente remetem a amizades perdidas, sei que amigos que não mais vejo remetem a novas amizades que foram feitas.
No meio da felicidade, caos total e por um tempo não via mais sentido. Não sabia o que fazer ou para onde ir, fui me fechando cada vez mais para só depois me dar mais uma chance. E hoje, hoje estou aqui, com algumas poucas amizades verdadeiras, outras perdidas, outras confusas. Tenho medo de perdê-las, uma a uma perdê-las, por uma incompetência própria de não conseguir destituí-las de um papel importante para mim, nos sucessos e conquistas, assim como nas perdas. Amizade é uma coisa estranha, bonita e gostosa, leve e essencial. Tenho amigos lindos da qual sou muito feliz em compartilhar - hoje, já mais polida- com outros tantos que os conhecem e os admiram. Tenho enfim, capacidade de saber que não serão as distâncias geográficas que destruirão essas construções sólidas. Tenho vontade de amigos para assim possibilitar o exercício de um amor mais livre e mais próprio. Tenho querer por amigos e seus abraços e desentendimentos. Hoje, sei que amigos que não mais vejo, não necessariamente remetem a amizades perdidas, sei que amigos que não mais vejo remetem a novas amizades que foram feitas.
Comentários