Carta de adeus
Estou cansada.
Me despeço dessa vida para alcançar sossego
Vivo aos nervos
Numa tristeza profunda.
Não vejo saída,
não saio de mim.
Volta-me à mente os xingamentos,
as trocas, os mautratos.
Numa sofreguidão diária
Mal acordo
E quando o faço, dói.
Me dói todos os ossos ao levantar.
Já não aguento
Me desfaço aos poucos,
nem sei mais o que sou, o que vivi
Devaneios me tomam o pensamento cotidianamente
Eu me perco nesse abismo sem fim
Eu me despeço, pois não encontro mais motivos.
Da perversidão alheia me enganei
E só o que me resta desse sexto andar é finalmente me libertar.
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