Um ano atrás
Esse mesmo feriado, a um ano atrás, teve uma simbologia toda importante pra mim. Foi o feriado que fui de mala e cuia passar com ''meu amor". E estava eu crente, como condiz com a celebração, de que seria tão afirmação de nosso amor, que inclusive, finalmente sairia essa sombra de nós.
Não teve nada disso. Na verdade, só ficou mais claro a impossibilidade do encontro. Nunca iríamos formar nada a longo prazo, isso já estava tão determinado por ele que, se eu continuava, era por algo interior que ainda não ousei descobrir o porquê. Mas o pior de tudo, o mais doloroso, era realmente navegar solitária num território acabado.
Durante esses longos quatro dias, perfeito para os amantes que fazem planos, que se gostam e não tem problema de saírem no mundo gritando isso aos quatro ventos, nos enfurnamos em sua casa, do dia 1 ao 4. Pra mim, aquilo não era de um todo ruim, queria mesmo era estar ao seu lado. Hoje, vejo o quanto foi ruim me omitir nessas horas, de ao invés de aproveitarmos tudo diferente, nos contentarmos a ficar na mesma, dando brecha para as brigas. Apesar deu adorar dividir aquele espaço de casa, pois me dava um conforto de que aquilo era 'real', que tinha futuro. Mas as brigas só ocorriam verdadeiramente, porque sinalizavam que nada daquilo iria mudar, muito menos o tão famigerado "amor" que ele parecia não ter dentro de si, por si mesmo.
Hoje, acordei de um sonho lindo, mas que na minha família não simboliza algo tão bom. Sonhei com casamento. É engraçado, sonhei com um casamento onde não tive participação, mas que desejaria muito ter visto, ouço falar que foi uma festona. E por acordar nesse umbral entre vida e morte me veio a memória desse dia, em que estava fazendo uma trouxinha de roupa cheia de vida, acreditando que 'ia ser o momento, me peguei retornando certa de que nada nunca ia mudar, tinha me apaixonado por alguém que já tinha desistido de construir vida. Tinha me apaixonado pelo cara errado, na hora errada e não tinha mais como desistir, como arrancar essa dor de mim.
Celebramos dores nesses dias que se seguem. Dores para uma ressureição. E novamente, acreditando nos simbolismos da vida, dores para alcançar felicidade. Ou pelo menos, paz em si. Dois mil e quinze começou silenciosamente doloroso, mas cheio de esperança. Distribuindo abraços, sorrisos e lágrimas. Um convite aos novos encontros e a limpeza do coração, sem mágoas e vivo.
Nesse dia de hoje, a um ano atrás eu pensei estar muito feliz e indo em direção ao que planejava pra minha vida por muito tempo. Hoje, acordei cheia de demandas da vida real, sem trouxa pra arrumar pra outro, mas ajeitando uma bagunça interna que custou deu começar. Ajeitando minhas trouxas pra passear.
Não teve nada disso. Na verdade, só ficou mais claro a impossibilidade do encontro. Nunca iríamos formar nada a longo prazo, isso já estava tão determinado por ele que, se eu continuava, era por algo interior que ainda não ousei descobrir o porquê. Mas o pior de tudo, o mais doloroso, era realmente navegar solitária num território acabado.
Durante esses longos quatro dias, perfeito para os amantes que fazem planos, que se gostam e não tem problema de saírem no mundo gritando isso aos quatro ventos, nos enfurnamos em sua casa, do dia 1 ao 4. Pra mim, aquilo não era de um todo ruim, queria mesmo era estar ao seu lado. Hoje, vejo o quanto foi ruim me omitir nessas horas, de ao invés de aproveitarmos tudo diferente, nos contentarmos a ficar na mesma, dando brecha para as brigas. Apesar deu adorar dividir aquele espaço de casa, pois me dava um conforto de que aquilo era 'real', que tinha futuro. Mas as brigas só ocorriam verdadeiramente, porque sinalizavam que nada daquilo iria mudar, muito menos o tão famigerado "amor" que ele parecia não ter dentro de si, por si mesmo.
Hoje, acordei de um sonho lindo, mas que na minha família não simboliza algo tão bom. Sonhei com casamento. É engraçado, sonhei com um casamento onde não tive participação, mas que desejaria muito ter visto, ouço falar que foi uma festona. E por acordar nesse umbral entre vida e morte me veio a memória desse dia, em que estava fazendo uma trouxinha de roupa cheia de vida, acreditando que 'ia ser o momento, me peguei retornando certa de que nada nunca ia mudar, tinha me apaixonado por alguém que já tinha desistido de construir vida. Tinha me apaixonado pelo cara errado, na hora errada e não tinha mais como desistir, como arrancar essa dor de mim.
Celebramos dores nesses dias que se seguem. Dores para uma ressureição. E novamente, acreditando nos simbolismos da vida, dores para alcançar felicidade. Ou pelo menos, paz em si. Dois mil e quinze começou silenciosamente doloroso, mas cheio de esperança. Distribuindo abraços, sorrisos e lágrimas. Um convite aos novos encontros e a limpeza do coração, sem mágoas e vivo.
Nesse dia de hoje, a um ano atrás eu pensei estar muito feliz e indo em direção ao que planejava pra minha vida por muito tempo. Hoje, acordei cheia de demandas da vida real, sem trouxa pra arrumar pra outro, mas ajeitando uma bagunça interna que custou deu começar. Ajeitando minhas trouxas pra passear.
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