Risos e espanto

Por noite sem sonhar
Pelo perdão da palavra não dita
Por acordar e não viver minha vida
Por querer acreditar que ainda há

Risos e espanto diante de mim
Monstro acordado que urge a cada esquina
Olhos brilhantes que destroem vida após vida
Eterno retorno de um nunca despertar

Sonho? Sina? Vida?
Nem sei mais aonde estou
Sei o que não sou
Sei?Sou.

Há algo escondido
Do qual tenho medo de procurar.
Há algo retraído que não cessa de gritar
Grita baixinho, dói no ouvido e permanece cá
A tocar, a gritar, a espernear, a matar.
Lentamente, entre risos e espanto, me acabar.


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