Suas garras
Das suas asas, que mais parecem garras,
Finalmente me desprendi.
Do que antes pensava ser abraço,
Conforto e calor
O que ardia em meu peito eram as feridas todas que foram abertas.
O que te alimenta é a doçura e alegria que antes me habitava.
É o lado bonito que vivia em mim
E hoje resta só a devassidão de um louco que passou e levou o sorriso.
Acho que você é bicho-homem, no pior sentido,
Desses que retiram as ilusões
E deixa seca a pessoa que antes ousou sonhar contigo.
Deves fazer isso para preencher teu vazio
E de moça em moça
Vai sugando a juventude de cada uma.
Mas que pena para ti, essa última moça aqui ter lhe mostrado o lado mortal
desse monstro que lhe habita e que tu tanto custou admitir.
Talvez assim, consiga livrar outras dessas garras marcadas em ti.
Vai, voa longe com tuas asas/garras
E destrua somente a si.
Não envolva mais em miragens e histórias
Aquilo que sempre pretendeu ter um fim.
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